A8 Variantes - Itinerários

 

Paisagens em caleidoscópio.


Práticas e imaginários que se dão a conhecer através de 4 variantes do festival:
Variante 1 os ITINERÁRIOS, local de encontro entre criadores com um longo percurso, com jovens que se afirmam;
Variante 2 as MANOBRAS, espaço de intensificação sensorial, de confronto e de comunicação, de fusão entre arte e vida, para lugares não convencionais interiores ou exteriores;
Variante 3 o QCV A8, aproximação ao trabalho de criadores que produzem discursos alternativos utilizando o audiovisual como suporte;
Variante 4 os PANORAMAS, espaço aberto à experimentação e ao ensaio de novos discursos no domínio do vídeo arte, do vídeo e da foto/instalação e da web.


Variantes não falta!
Percorra o A8 e deixe-se fascinar pelas paisagens!
Have a nice trip!

 

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#Itinerários

 

Práticas emergentes no domínio das artes do espetáculo – da dança, da performance, do teatro, da música…
Propostas oriundas de universos criativos dispares, que nos confrontam com outras perceções do mundo onde nos movemos e com a nossa existência.
Espaço de encontro entre criadores de diferente experiencia e formação.
Espaço de intuição e de descoberta.
Espaço de diálogo e de celebração do acto de agir, mas também do acto de ser, humano!
Outros itinerários na cidade!
 

 

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YOU MUST REMEMBER THIS

. Performance/Instalação

 

Um café com vestígios de ontem
Três pessoas que se encontram
Uma mesa, três cadeiras
Gestos, sinais e objectos partilhados
Uma quarta pessoa no fundo da sala
Uma canção que se espalha...

 

Data de Apresentação - 18 a 20 de Setembro

Local - Café  "A Brasileira de Torres", Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Criação e Direcção - PATRÍCIA SOBREIRO
Concepção e Espaço Cénico - PATRÍCIA SOBREIRO, MAFALADA TEIXEIRA & FILIPE BRANCO
Intérpretes - FILIPE COCHOFEL, SAMUEL ALVES, SRª MARIA DO CARMO
Colaboração - ISABEL MOREIRA, CATARINA SOBREIRO, BRUNO HENRIQUES, RUI GATO

 

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SEGUNDA CASA

.Performance

 

Uma segunda casa encontra-se num acaso.
Pode ser um café, um banco de jardim, uma praça, um cadeirão na casa de um amigo, um recanto de uma sala, debaixo de uma árvore.
Sem percebermos muito bem o porquê, o lugar torna-se especial. Único!
A Segunda Casa é o lugar das possibilidades, das experiências, das sensações, das conquistas, da procura, do sossego, da fantasia, do desejo. De uma vontade de comunicar. Despertar no outro a curiosidade, um desejo capaz de aproximar.

. Teresa Prima
(extracto do diário de bordo, 14 de Fevereiro de 2003)

Segunda Casa é um projecto pluridisciplinar constituído por uma performance, um cd-rom e um web site.
O projecto no seu todo é encarado como uma oportunidade para a experimentação e realização de propostas com recurso a diversos suportes. Promovendo colaborações directas e próximas com outros artistas, um espaço de livre trânsito de partilha, contágio, re-apropriação e re-criação de ideias.

 

Data de Apresentação - 19 e 20 de Setembro 2003

Local - Tuna Comercial Torrense

 

Ficha Técnica

 

Direcção Artística - TERESA PRIMA
Interpretação e Concepção - TERESA PRIMA
Som - RUI VIANA
Luz - PEDRO MACHADO
Cenário, Figurinos e Assistência de Ensaios - KITTY OLIVEIRA
Design Gráfico - JOSÉ PELICANO
Produção Executiva - O RUMO DO FUMO
Co-Produção - ZÉ DOS BOIS

 

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INVASÃO DA PRIVACIDADE DE UM SER AUSENTE

. Performance / Instalação

 

Este trabalho tem como base três poemas de Al Berto, retirados da obra “Trabalhos do Olhar” de 1982.

Através da análise destes poemas, procedeu-se à criação de uma personagem com vivências próprias, habitante numa localização vigiada por alguém ou algo exterior a esse mundo.

Partindo deste pressuposto, materializaram-se quatro espaços fisicamente distintos mas interligados, através dos quais recebemos pistas acerca deste ser ausente (fisicamente), verificando-se situações que remetem para o universo da invasão da privacidade.

Este conceito (invasão do espaço) vai sendo dado a perceber através de um percurso delimitado e orientado onde o público, individualmente, vai tomando contacto com as diversas situações.

Os recursos utilizados para construir esta apresentação, vão desde o vídeo, imagem digital, performance e fotografia.

 

Data de Apresentação - 25 a 27 de Setembro 2003

Local - Rua 1º de Dezembro nº 21 - 1º

 

Ficha Técnica


Intérpretes - RAQUEL RODRIGUES, LEONOR FREITAS, ANTÓNIO MENDONÇA, OCTÁVIO TEIXEIRA
Fotografia - HELENA TEIXEIRA, SARA INÁCIO
Execução Técnica e Fotografia - HELENA TEIXEIRA
Vídeo - RICARDO CARDOSO
Adereços de Cena - RAQUEL RODRIGUES
Apoio Técnico - EMANUEL, FILIPE
Assistente de Luzes/Som - FREDERICO CARDOSO
Design Gráfico - RICARDO CARDOSO / SARA INÁCIO
Produção - GRUPO FILHOS DA MÃE / ADCR “SERRANA”

Representante - PAULA VIEIRA DA SILVA

 

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ROSE

.Teatro de Rua

 

Teatro de rua, gestual, ambiental, humor absurdo e emoções “descalças”.
Rose é uma velhinha, com muita personalidade. Ela pode ser resmungona, mas acima de tudo ela é humana, generosa, positiva, engraçada e sensível às pessoas da rua. Através do humor, que vai do absurdo ao inesperado, a velhinha Rose chama sempre a nossa atenção para assuntos sociais, tais como a solidão, a exclusão, a tecnocracia, o trabalho temporário e a insanidade.

 

Data de Apresentação - 26 e 27 de Setembro 2003

Local - Ruas do Centro da Cidade, Torres Vedras

 

- O Aniversário do Cão.Poster [ 26 Setembro]

- Rose e os Ursinhos de Peluche [26 de Setembro]

- Rose Planta as suas Alfaces [27 Setembro]

- O Passeio do Cão-Poster [27 Setembro]

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - CAROLINE AMOROS

 

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UNGEMEIN

. Dança

 

Durante um breve instante de imobilidade, de vontade e de desejo, a determinação de três Generais desfaz-se. A sua estratégia inverte-se. Fragilidade – um vislumbre de mágoa efémera. Aparece e torna a desaparecer na sua rotina.

Este espectáculo estreou a 24 de Abril de 2003 no Festival Masdanza8, Canárias, Espanha, tendo obtido o primeiro prémio em coreografia.

 

Data de Apresentação - 26 e 27 de Setembro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Coreografia - SIMONE WILLEIT & JUSHKA WEIGEL
Intérpretes - EROL ALEXANDROV, JUSHKA WEIGEL, SIMONE WILLET
Música - PHILIP SCHEFFNER

 

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18 MINUTOS

. Dança

 

Seria como fogo numa fogueira, teria aquela atracção de algo a mover-se numa sala enquanto tu pensas noutra coisa qualquer...
É uma homenagem coreográfica a Marcel Duchamp um artista fundamental do século XX. Considerando o corpo como o hardware do complexo dispositivo técnico que é o pensamento, foram aqui exploradas questões como a mecanização dos corpos e como cada um mantém o controle sobre o seu próprio corpo. Este solo de dança contemporânea portuguesa foi criado e apresentado em 2000 depois de uma estadia em N.Y. como bolseiro do M.C. para estudos na área da dança.

 

Data de Apresentação - 26 e 27 de Setembro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Coreografia - JOÃO SAMÕES
Desenho de Luz e Som - JOÃO SAMÕES & DAVID PALMA
Vídeo - EDGAR PÊRA
Produção - O RUMO DO FUMO

 

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HOW DO YOU WANT ME? & MAZY – THE FILMS

. Dança / Vídeo

 

how do you want me?
Performance retirada do espectáculo para cinco intérpretes coreografado por Willi Dorner – “MAZY”.

mazy – the films
Três videos interpretando a coreografia de Willi Dorner, com música de Heinz Ditsch.
Três vídeoastas: Johannes Hammel, Norbert Pfaffenbichler e Michaela Schwentner.
Três aproximações a um espectáculo de dança.
Norbert Pfaffenbichler apresenta as suas “Notes on Mazy”, onde existem contradições como corpo/cabeça, cor/preto e branco ou interacção frente/verso. Em “System of Transitions”, Johannes Hammel sujeita o corpo a um teste de sobrevivência visual. E Michaela Schwentner, com “How do you want m.?”, finalmente, reduz o corpo a uma mera imagem estratificada e ‘apagada’ digitalmente, condensada num jogo de movimentos abstracto e geométrico.
Através do vídeo, do filme e do computador, o corpo humano é transformado numa marioneta videográfica, numa criatura cinematográfica ou nu eco de movimento digital. Assim, “Mazy – the films” fornece-nos uma reflexão analítica e altamente criativa sobre o corpo dançante.
Como reage o corpo humano quando confrontado com dispositivos de gravação de som e imagem? E como pode ser tratado o corpo humano quando ele tende a fugir aos códigos representacionais desses dispositivos?
Mazy (sinónimo de labiríntico), um espectáculo coreografado por Willi Dorner, propõe três formulações utilizando os dispositivos (gramática visual) do vídeo, do filme e do computador: marioneta videográfica, expressivo ser cinematográfico, rasto computadorizado de movimento.

 

Data de Apresentação - 26 e 27 de Setembro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica



Mazy
2003 / digi-beta / 20’ / dolby stereo

notes on mazy 6’ 30’’
Realização - NORBERT PFAFFENBICHLER
Performer - HELGA GUSZNER

system of transitions 9’ 30’’
Realização - JOHANNES HAMMEL
Performer - HELGA GUSZNER

how do you want m.? 4’
Realização - MICHAELA SCHWENTNER
Performer - MARIA CLARA VILLA-LOBOS

 

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BURN

. Performance / Instalação

 

E como recusa à quantidade de informação que nos é lançada nas ruas de qualquer cidade, e com vontade de reordenar e humanizar a sua lógica surgiu “Burn”, que consiste num objecto poético/sonoro cujo esqueleto é composto por palavras total ou parcialmente “roubadas” às cidades por onde fui passando.

. Margarida Mestre

É a primeira versão do projecto Citi Poeti e contém imagens captadas em Lisboa, Barcelona, Nova Iorque, Montreal e Cabo Verde.

 

Data de Apresentação - 2 de Outubro 2003

Local - Área de Serviço A8

 

Ficha Técnica

 

Concepção, Imagem e Interpretação Vocal - MARGARIDA MESTRE
Composição Sonora - RUI VIANA

 

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O FALHANÇO DO DJ

. Performance

 

O falhanço do DJ fala de acidentes nocturnos. Conta-nos a história de um DJ que, ao riscar acidentalmente um disco, num meio de uma agitada noite de discoteca – se torna o originador de um enorme desastre na pista de dança. O acidente desperta situações caricatas. Todos os presentes sofrem consequências. Em poucos minutos, o intérprete desta peça faz-nos um relato dos acontecimentos, dos habitantes da discoteca e dos seus confrontos.
È um olhar irónico sobre as relações amorosas dos dias de hoje. Sobre a influência dos locais nas pessoas e sobre a noite.
O falhanço do DJ é uma curta performance originalmente incluída no espectáculo: as peças amorosas, de André Murraças. A ideia por detrás desse projecto foi a de construir diversas peças de curta duração, com um pequeno texto e um forte suporte visual. As peças foram numeradas e podem ser apresentadas como um todo e ou isoladamente.

 

Data de Apresentação - 3 e 4 de Outubro 2003

Local - Área de Serviço A8

 

Ficha Técnica

 

Texto, Espaço Cénico e Interpretação - ANDRÉ MURRAÇAS
Dj - ANDY PUNCH
Produção - METAMORFOSE TOTAL

 

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CITI POETI – VERSÃO TORRES VEDRAS

. Performance

 

Citi Poeti é um projecto de investigação sobre a informação urbana, mediatizada pelo coração. São cidades tornando-se palavras, palavras tornando-se ideias, ideias tornando-se sítios, sítios que se tornam sensação, que se torna palavra, que se diz em som...

Consiste na construção de uma instalação para imagem (slide) e som a partir de imagens de palavras captadas por habitantes/apreciadores de uma cidade.

 

Data de Apresentação - 9 de Outubro 2003

Local - Área de Serviço A8

 

Ficha Técnica

 

Imagem - MARGARIDA MESTRE
Voz - MARGARIDA MESTRE
Composição Sonora - RUI VIANA

 

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PROFUNDO DELAY

. Teatro

 

Em 2001 e a convite de Jorge Silva Melo para o evento Uma Mesa e Duas Cadeiras, escrevi e co-encenei um texto sobre a cidade, ou as cidades. Pensei sempre na Lapónia como ponto de partida e numa canção homónima da finlandesa Mónica Aspelund como meio para pôr a escrita em prática.
O resultado é uma série de quadros mais ou menos “lounge”. Uma “féerie” cosmopolita, que mistura Londres, Paris e Roma, com Invernos prolongados na Crimeia ou em Tirana, noites de Halloween em Virginia Beach e passagens rápidas pela Avenida da República. Tudo acompanhado pelo que considero ser as únicas manifestações do divino nas cidades: os cortes de energia.
Como na altura não tinha nenhum disco do Burt Bacharach, pensei também muito no Tony de Matos e no vodka martini e dediquei-lhes um dos quadros. Mais ou menos “lounge”.
Para mim e para a Cláudia era conditio sine qua non que este seria um espectáculo feliz sobre a cidade feliz. E é-o.

 

Data de Apresentação - 11 de Outubro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Texto - PEDRO PENIM
Co-Criação - PEDRO PENIM & CLÁUDIA JARDIM
Co-Produção - CCB

 

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GUERRERO NOTEBOOK

. Conferência / Performance

 

Escrevo em cadernos, blocos de notas, postais, tudo o que vem à mão há mais de dez anos. São cerca de 20 cadernos e uns quantos blocos. Há dias em que aponto a um ritmo estonteante. Tudo. Aquilo que me percorre e revolta cá dentro que se superficializa, aquilo que vejo e ouço na rua, em cafés e restaurantes, nos transportes públicos, nos filmes, em músicas, nas aulas. Tudo. Seguindo o caminho indicado por estímulos que produzem ideias. Vozes outras que são reveladoras e marcantes. Vozes deste mundo. Que se misturam com a minha. Vivo-me através dessas entradas que penetram por buracos escavados pela pujança do(s) outro(s) [seja(m) corpos humanos, paisagens ou lugares], mas também pela sua precariedade, pela sua abertura por vezes difícil (em comparação com uma lata de atum), pela sua humanidade siamesa. São como substâncias que permitem a experimentação. Resultados: inquietação na emergência e perturbação no acolhimento.
Apesar de não existir nenhuma estratégia narcísica, pois o mundo não cabe na minha imagem - por mais cristalizada que ela seja - Guerrero Notebook vai ser uma conferência-demonstração, leitura, performance - o que será será! - de pormenores da minha vida, não aquela realmente vivida, esses já os vivi e ficaram lá atrás na escala do tempo. Tratar-se-á de partilhar os efeitos, as dobras, as potencialidades e as amplificações desses apontamentos. Deslocalizando a memória fixada através da escrita.

 

Data de Apresentação - 10 e 11 de Outubro 2003

Local - Tuna Comercial Torrense, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Concepção, Texto e Intervenção - NELSON GUERREIRO
Aconselhamento Artístico e Intervenção - NUNO BRANCO
Instalação Sonora - JOÃO PEDRO BARBOSA
Colaborações Especiais - LUKAZ MICHALAK E LUÍS SENA

Projecto desenvolvido no âmbito do capitals, encontros acarte 2003

 

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DIY – DO IT YOURSELF

. Dispositivo Cénico

 

Um grupo de co-criadores propõe um objecto artístico individual, um dispositivo cénico que implica um jogo performativo, um manual passível de ser utilizado pelo público, individualmente, que se assume assim como intérprete e encenador de si mesmo.
DIY são as iniciais que designam genericamente uma ética que incita cada um a responsabilizar-se na teoria e na prática pelos seus projectos e compromissos. Ao propor como hipótese de trabalho um conceito que classifica e desfaz as expectativas convencionais dos espectadores em relação aos modelos de arte performativa, o grupo de co-criadores responsável pela concepção de «DIY» julga poder acreditar numa coisa: a fascinação do público pela possibilidade performativa dos seus corpos pode ser utilizada e sublimada através de um dispositivo que lhes permita aceder à experiência «do estúdio» ou «do palco» sem a eventualidade de sofrer represálias.
A pergunta, velha como a arte, regressa para nos assombrar: será que pode existir performance – será que há acto artístico – quando ninguém está presente para assistir? Será que o performer/autor/espectador de si-mesmo-a-ser-performer consegue operar a cisão esquizofrénica implicada por um duplo posicionamento, e uma cisão consciente? E será isso sequer necessário?
Tu próprio és a experiência. Este é o teu corpo.
Assiste-te.

 

Data de Apresentação - 16 a 18 de Outubro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Co-Criação - PEDRO PENIM, CATARINA CAMPINO, ANDRÉ E. TEODÓSIO & MÓNICA GUERREIRO

Projecto desenvolvido no âmbito dos CAPITALS, encontros ACARTE 2003

 

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DE REPENTE EU...

. Teatro

 

De repente eu te ressurgia como quem se despediu
de outrém numa gare, e vai feito surpresa, de avião,
esperar no terminal o comboio que horas antes viu partir.

Trata-se aqui da reconstituição de um óbito.
A partir de um romance de Nuno Bragança escrevi uma peça que põe em cena o congelamento de um momento e a revisitação de um passado: um vasculhar permanente pela memória visual de alguém. Por um álbum de fotografias que reflecte uma passagem inexorável do tempo.
Há neste autor um descrédito tão forte nas instituições, que se impõe um primado da morte, de todas a mais fiável.
Não deveria haver uma palavra em português para a felicidade. As traduções para servo-croata e neerlandês são bastante mais “felizes”. Sreća / Geluk. A experiência da tradução de palavras de difícil digestão revela-se sempre profícua e a fotografia é também uma tradução “feliz” da realidade. Uma espécie de “ecrã total” contra os UVA de um sol malsão.
Nunca pensei em encenações com sinais da “Portugalidade”. A negra hora chegou.

 

Data de Apresentação - 16 a 18 de Outubro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

A partir de -  A NOITE E O RISO DE NUNO BRAGANÇA
Adaptação e Encenação - PEDRO PENIM
Intérpretes -  CLÁUDIA JARDIM, MARIA JOÃO FONTAINHAS, TIAGO MATIAS & ANDRÉ E. TEODÓSIO
Co-Produção - COMPANHIA DE TEATRO DE SINTRA / TEATRO PRAGA / TRANSFORMA AC

 

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TRAGÉDIA EM III ACTOS

. Performance

 

Mariquinhas, uma pérola da performance nacional, actualmente a residir no Cais do Sodré, apresenta pela primeira vez em Torres Vedras um La mi ré da tragédia da sua vida em III actos, III canções, III sítios do corpo voz.

 

Data de Apresentação - 16, 23 de Outubro e 1 de Novembro 2003

Local - Área de Serviço A8

 

I Acto Rua A. / II Acto La Valise / III Acto Chet, Bake Me...

 

Ficha Técnica

 

Concepção, Imagem (I acto) e Interpretação - MARGARIDA MESTRE
Músico no III acto - RUI DÂMASO
Músicas - AMÁLIA RODRIGUES, LARA LI & CHET BAKER

 

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FADO DONALD

.Teatro

 

Esta produção fez parte do Ciclo BD – Cinema e Espectáculos que se realizou na Sala Polivalente da Fundação Calouste Gulbenkian, integrando o espectáculo “Quatro Portas para Seis Heróis”, como resultado de um desafio lançado pelo Centro de Arte Moderna – ACARTE a seis artistas portugueses.

Este trabalho, baseado na personagem criada pelos estúdios da Disney, nasceu de um convite e de um desejo que se conjugaram. Um actor interpreta uma personagem universal, um texto rebuscado e inteligente, um figurino surpreendentemente plástico, numa encenação simples e transparente. O teatro é invadido pelo mundo da banda desenhada, onde tudo é possível. Um dia paradoxal na vida de um homem que acorda com o corpo de pato, ou um dia na vida de um pato que não é imagem criada à semelhança de um homem. E os dias nunca mais serão assim.

 

Data de Apresentação - 17 e 18 de Outubro 2003

Local - Tuna Comercial Torreense

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - JOÃO GARCIA MIGUEL
Texto original - ALEXANDRE CRESPO
Assistência de encenação - RITA SÓ
Assistência geral - LUÍS VIEIRA
Figurinos - ELSA LIMA
Diapositivo - RICARDO NOGUEIRA MENDES
Produção - ALEJANDRA ALEM

 

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SUBTONE

. Dança / Teatro

 

Trata-se da sequela de Casio Tone (1) e desta vez a história passa-se no local de trabalho da sra. Domicília (2), um lugar bastante estranho onde, se não fosse a luta diária travada contra um inimigo terrível e invisível chamado tédio, esta senhora não tinha mesmo nada que fazer.

(1) teclado musical portátil criado pela empresa Casio nos anos 80 e que deu o nome à peça de 1997 ainda em digressão.
(2) personagem principal das duas peças

 

Data de Apresentação - 23 a 25 de Outubro 2003

Local - Espaço Transforma, Catefica, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 


Concepção - SÍLVIA REAL E SÉRGIO PELÁGIO
Interpretação - SÍLVIA REAL E RITA RODRIGUES
Argumento, Som e Animação por computador - SÉRGIO PELÁGIO
Cenografia e Design Gráfico - CARLOS BÁRTOLO
Figurinos e Adereços - ANA TERESA REAL
Desenho Luzes - CARLOS RAMOS
Marcenaria - JOSÉ MANUEL RODRIGUES
Produção Executiva - PRODUÇÕES REAL PLÁGIO / MARTA REIS
Co-Produção - TRANSFORMA AC / CCB - CENTRO DE PEDAGOGIA E ANIMAÇÃO

 

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ICEBOX FLY + WINTER KICK

. Dança

 

“Icebox Fly” é uma peça do frio.
“Winter Kick” é uma peça do calor.
Há uma mulher que vive num mundo de frieza, que espera, passarinhando, por um calor que se faz tardar, que parece inatingível e que assusta porque desconhecido.
Há uma mulher que apanhou demasiado sol na cabeça e que pode muito bem não sobreviver ao seu mundo caloroso.
Viveram ilusões desmedidas.
Não viveram felizes para sempre.

 

Data de Apresentação - 24 e25 de Outubro 2003

Local - Teatro-Cine de Torres Vedars

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - SÓNIA BAPTISTA
Vídeo - RUI RIBEIRO
Música - ALEX ALVES TOLKMITT
Desenho de luz - PEDRO MACHADO
Figurinos - OLJA CACIC, SÓNIA BAPTISTA
Adereços - PATRÍCIA PINTO, ANA SOFIA GONÇALVES, SÓNIA BAPTISTA
Produção - BOMBA SUICIDA
Co-Produção - TRANSFORMA AC, WP ZIMMER, O ESPAÇO DO TEMPO, MC-IPAE, CCB

 

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HAIKUS

. Performance / Vídeo

 


Os haikus escrevem-se em japonês com poucas palavras, uma simplicidade aparente carregada de sentido como tantas coisas pequenas cujo o significado transcende a sua pequenez. Os meus haikus respiram e constroem-se com uma resistência à prova de quase tudo. Os meus haikus são balões blindados. Os meus haikus são teimosos, tomam-me a cabeça de assalto e depois não há maneira de os fazer arredar pé. Os meus haikus são histórias daquilo que é mesmo importante, do que me oxigena o cérebro e acaricia o coração. Atrás de um haiku vem sempre mais um haiku e o meu corpo vai-se desdobrando como um enorme lençol dizendo coisas sem as dizer.

 

Dog secret
Sobre o imaginário que desabrochou numa época onde as coisas não eram bem o que pareciam.
Quando as mulheres se mostravam regradas e compostas e havia segredos a pairar, ameaçadores, na escuridão. A fragilidade era rodeada de forças saboreadas com vagar. Quando mesmo o nosso melhor amigo se podia revelar ser uma besta peluda. Engolir um segredo e ser mastigada por ele, com vagar.

 

What’s a nice beast like you doing in a girl like this?
Era uma vez uma rapariga que se tornou morada de bichos. Ficou, alternadamente, feliz e cansada, triste e assoberbada, confusa e conquistada. Cantigas de bichos na cabeça a ecoarem no coração. Dias com formas de bichos a fazerem-lhe sombras nos olhos. Bicho aqui, bicho acolá. E ter pudor em dizer que se quer ser deixada em paz. Era uma vez um final pouco feliz.

 

Paris B
Toda a gente sabe que os bebés chegam de paris e quem os traz são as cegonhas. Como é que uma cegonha vinda de Paris se manifesta? Ainda para mais quando é uma cegonha com uma missão delicada. É sobre um dia na vida de uma cegonha com uma noção muito particular de maternidade. É sobre as peculiaridades da maternidade por procuração.
 

S
O vício das coisas que são nossas, emblemáticas, de pessoas do mar, manifesta-se tantas vezes em poesia cantada. Fado pop sobre um peixinho miraculoso. Vício estonteante e estranho pelas coisas do mar. O que se come diz muito sobre o que se é. E o que se bebe também.


Lobster’s Love
O meu corpo futurista quer mais do que se julga possível. No futuro não quero sózinhar sózinha, não sempre. É importante saber a companhia que se merece. No futuro descobre-se o prazer das coisas alternativas. O amor alternativo. O animal de estimação alternativo. Há tantas maravilhas para engolir, em inglês que é uma língua boa para amar.

 

Hair piece
Fazer um haiku luso nos dias que correm pode ser coisa mal pensada mas tinha mesmo de ser. E depois é um haiku sobre um amor luso, um amor que arrepia mesmo o pêlo mais empedernido. Sobre a memória sobre os primeiros pêlos apercebidos, os meus e os do corpo amado. Quando mais nova eu era e a música era, definitivamente, outra. Sobre a memória lusa antiga que se rebola com o amor de agora.

 

Heart bit
Este solo foi feito em jeito de despedida com o coração nas mãos. O que é que se faz quando se tem o coração nas mãos? E o que é que se faz depois do nosso coração se emancipar? Antigamente os animais falavam, hoje falam os corações. O que eu quis foi olhar o coração, meu, nos olhos e deixá-lo falar.


Lusogueixa teaches Japanese to foreigners
Muitas coisas no Japão são pequenas e preciosas. A comida japonesa é preciosa mesmo quando nos mata, como às vezes o faz. As palavras japonesas são como xarope a escorregar pela garganta. Lusogueixa tornou-se professora de coisas deliciosamente preversas, coisas que conhece muito bem. Uma gueixa afirmativa com a barriga cheia.

 

Rouge
A morte ás vezes põe rouge na cara. A paixão ás vezes põe rouge no corpo inteiro. A língua vibra quando se diz Rouge…rrr…
 

 

Data de Apresentação - 30 de Outubro 2003

Local - Tuna Comercial Torreense, Torres Vedras

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Interpretação - SÓNIA BAPTISTA
Vídeo - RUI RIBEIRO
Desenho de luz - PEDRO MACHADO
Produção - BOMBA SUICIDA
Co-produção - DANÇAS NA CIDADE

 

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O MELHOR DELAS TODAS

. Dança

 

Ela perguntou e respondeu à sua própria pergunta. Assim como todas o fizeram.
Mais tarde, no quarto escuro. Maravilha das maravilhas…
Uma por uma, começaram a gesticular com a solidão nas mãos. E tudo então brilhou.
Tudo ali lhes pertencia (o único som que podia se ouvido).
Admiração e adoração. Tomou-as de surpresa e…
Levou-as para um sítio onde…
Tudo o que elas querem é…
Tudo o que elas precisam é…
Tudo o que elas precisam é…
Tudo o que elas precisam é…
Tudo o que elas precisam é… ta ta ra ra ram

 

Ficha Técnica

 

Concepção e Coreografia - TÂNIA CARVALHO
Intérpretes - BRUNA CARVALHO, CLARA SENA, ISADORA CASTELHANO, MARIA DUARTE, MÓNICA COTERIANO, SANDRA CACHAÇO, SARA VAZ
Banda Sonora - EXPANDER
Desenho de luz - FILIPE VIEGAS
Figurinos - ALEKSANDAR PROTICH
Design Gráfico - SÍLVIA PEREIRA
Produção - BOMBA SUICIDA
Co-Produção - TRANSFORMA AC

 

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SUNDAY SHOW | ELECTRIC SHOCK

. Show / Cabaret / Festa

 

O Sunday Show | Electric Shock é um espectáculo de variedades onde um número de artistas apresentam os seus números baseados num tema previamente definido. O Sunday Show | Electric Shock é imprevisível mas, acima de tudo, muito generoso.

 

Ficha Técnica

 

Intérpretes - MADUNNA, TANI TATI, IVO CATIVO & BRUNETTE PROMETE, LA MONIQUE, MARIA BAKKER, MARIA DUARTE, SANDRA LEIN, LUSOGUEIXA, MARIQUINHAS & DAMAS
Banda Sonora - EXPANDER
Desenho de Luz, Coreografia e Adereços - PAULO BRÁS
Desenho Gráfico - GIGI E GIGI
Produção - BOMBA SUICIDA
Apoio - TRANSFORMA AC

 

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