Desvios IV

 

Área de Atividade - Edição / Fórum

// Debate

 

Interessar-nos-à investigar e debater de que forma os modos de produção afectam os modos de exposição. A partir do território simbólico em que o objecto artístico se inscreve enquanto parte de um sistema expositivo que inequivocamente o alberga, ainda que questionando os próprios limites da instituição, parece importante não tomar por garantido e procurar averiguar até que ponto as condições de localização da obra de arte realmente determinam diferentes modos de produção. Por outro lado, que formas encontram as próprias instituições de gerir os seus processos de (in)visibilidade ao apoiarem obras que delas se procuram evadir. As respostas poderão revelar-se menos óbvias do que seria previsível, posto que, para além de colocar, integrar, implantar, e outros termos de natureza marcadamente a posteriorística que parecem sujeitar o objecto artístico a uma dada formalização de um processo, poder-se-ão encontrar formas de o entender enquanto parte de um processamento continuado, contextual e/ou experiencial. Mas talvez não. Talvez a ideia de localizar contenha em si mesma uma espécie de coacção inerente a um processo que já a integra, e que inclui e problematiza autor, obra e local, mas também experiência, contexto e devir. Tal como Brian O’Doherty refere: “Gestures have a becoming quality, and some can, retroactively, become projects.” (Inside the White Cube).

 

Data de Apresentação - 18 de Outubro 2008

Local - Transforma, Praça do Município 8, Torres Vedras

 

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Autoria de - TRANSFORMA